terça-feira, 23 de março de 2010

Onde dedicamos nossos esforços?

Esse post foi retirado de uma coluna da revista Pais e Filhos, Machete Editora, ano 41, número 479, edição de fevereiro desse ano.
Quem nunca desejou ser bem sucedido? Quem nunca conheceu alguém que busca insessantemente essa tal de realização profissional para ter o sucesso que deseja?
E as mulheres? Cada vez ganham mais epaço no mercado de trabalho e tornam-se bem sucedidas. Não é assim?
Tetê Pacheco, em sua coluna Consumidos e Consumados, compartilhou uma descoberta feita por ela, que pode enriquecer o que pensamos sobre o assunto.
Essa é a matéria:
BEM SUCEDIDA É A MINHA BABÁ
Nossas realizações profissionais não podem ser a única medida do nosso sucesso
Nós, mulheres, tivemos conquistas importantes nas últimas décadas. Sem dúvida. Conquitamos um super espaço no mercado de trabalho,o direito de ganhar o mesmo (ou mais) que noosos colegas do sexo masculino, (...) damos palestras, entrevistas, recebemos promoções, lotamos mesas de reuniões, andamos pelo mundo com a confiaça que só quem comanda seu próprio cartão de crédito tem. Enfim, somos umas vencedoras. Certo?
Não responda tão rápido. Acreditar que temos uma vida bem sucedida medindo nossas realizações profissionais é um equívoco.
Estamos usando o modelo de performace masculino. Horas e horas de dedicação ao mundo objetivo e pouco tempo de dicado ao que realmente nos dá poder, o mundo subjetivo, sensorial. Estamos deixando de lado o poder de jogar alguém de joelhos pelo nosso pudim, entendem?
Não falo do trabalho doméstico que detestamos, lavar pratos, roupas, essas coisas. Esse todo mundo numa família tem de aprender a dividir. Falo de encantamento que só está ao alcance do ser feminino, com toda a sua intuição e generosidade. Difícil? Falo de passar mais tempo com nossos filhos que crescem mais rápido do que grama.
Corrigindo, não apenas passar o tempo, mas aproveitar o tempo com eles.
Nesse momento, me encontro em São Paulo, atolada de trabalho. Meus filhos estão na praia com a avó. Para ajudá-la, mandei nossa maravilhosa babá, Lulu.
Amo a Lulu. Tanto que estou deixando pra ela o que tenho de melhor. Um mês na praia, com tudo pago, mais um salarião. A tarefa? Cuidar das duas criaturas mais deliciosas do mundo pra mim.
Relativize um pouco e me diga: quem é a pessoa bem sucedida em questão?

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