quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A gravidez



A gestação de uma nova vida proporciona grande alegria e realização para a mulher. Na gravidez, o corpo feminino apresenta transformações que garantem o desenvolvimento do feto e preparam seu nascimento. O psíquico da mulher também necessita de alterações peculiares à nova identidade que começa a surgir: a de mãe.

Porém não é só a mulher que passa por adaptações durante a gravidez; trata-se de um fenômeno diferenciado na vida de um casal. Dessa forma, o homem tende a participar cada vez mais ativamente da gestação, que pode e deve ser uma etapa vivida a dois.

Além da alegria pela chegada próxima do bebê, surgem, nessa época, tanto no pai como na mãe, incertezas, medos e ansiedade. A seguir, são esclarecidas as dúvidas mais comuns que atormentam o casal nessa fase de sua vida.

· Vinculo pais-filho na gravidez

O papel da mãe é essencial para a formação do psiquismo (parte psicológica) do bebê. Os acontecimentos que envolvem o binômio mãe-filho são fundamentais para a adequada estruturação da personalidade do pequeno ser, sendo amplamente reconhecida a relevância do vínculo materno-infantil para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo saudável da criança ao longo de toda a sua vida. A atitude emocional da mãe orienta o bebê, conferindo qualidade de vida à sua experiência e servindo como organizadora da sua vida psíquica.

A vivência da gestação, com todos os seus sentimentos intensos, variados e ambivalentes, está intimamente relacionada à história e às situações vividas pela gestante ao longo de sua vida.

Essa vivência influirá na adaptação da mulher a seu novo papel e na formação do vínculo com seu filho. A formação do vínculo está muito relacionada aos sentimentos e às expectativas da futura mãe quanto ao pequeno ser que desenvolve no seu útero.

A relação mãe-pai-bebê começa de fato, no período pré-natal, no qual os pais baseados em informações como sexo da criança e características de sua movimentação no ambiente intrauterino começam a interagir com o feto.

O feto já demonstra capacidade de audição desde a sexta semana da gravidez, podendo reconhecer a voz dos pais e os batimentos cardíacos de sua mãe. Além das vozes de seus pais, a criança é capaz de captar todas as emoções que a acompanham. Dessa forma, o bem estar físico e emocional da gestante é essencial para promover o adequado crescimento e desenvolvimento fetais, evitando o nascimento de recém-nascidos com baixo peso, hiperatividade, dificuldades alimentares e futuros distúrbios psíquicos.

O pai não carrega o filho no ventre durante nove meses, nunca o amamenta e só ocasionalmente permanece ao lado de seu filho por tanto tempo quanto a mãe. No entanto é indiscutível que o vínculo que se forma entre pai e filho pode ser tão forte e vital quanto o vínculo mãe-filho. Várias pesquisas demonstram que a importância do pai para o feto e para o recém-nascido.

· Vínculo e o nascimento

O nascimento do bebê é um momento de grande vulnerabilidade emocional, no qual os sentimentos predominantes durante a gestação sofrem profundas modificações. O bebê imaginário do ventre materno pode ser muito diferente do recém nascido real. Muitos pais tendem a negar essa realidade nas primeiras semanas de vida do bebê, especialmente se ele não corresponder as suas expectativas. O período de adaptação gradual entre pais e filho, nos primeiros dias após o nascimento, é muito significativo para a formação do vínculo, podendo determinar a qualidade da ligação afetiva que irá se estabelecer por toda a vida.

O QUE O PAI PODE FAZER:
Elogiar o corpo da grávida e apreciar as modificações que nele estão ocorrendo, mostrando sempre disposto e participativo nas tomadas de decisão que envolvam o bebê.




FONTE:
Livro: Filhos da gravidez aos dois anos de idade.
Organizadores: Fabio Ancona Lopez / Dioclécio Campos Jr.




EQUIPE: SOS- GRÁVIDOS

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Que nome eu escolho?

E agora? Que nome escolher para o filho que vai nascer.
No site da Revista Crescer - Editora Abril - tem um guia de nomes e significados que pode te ajudar.

É só acessar o link:

http://colunas.crescer.globo.com/guiadenomes/

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cólicas - Parte IV: Enfim, como evitar o chororô



Enfim, como evitar o chororô

Na hora do choro, não faltam palpites. A mãe, confusa não sabe a quem ouvir. Algumas dicas são válidas para evitar o sofrimento do bebê. Confira as mais importantes.




MUITA CALMA NESSA HORA

Mantenha-se tranquila para que o bebê se sinta seguro e protegido em seu colo.

  • DE BRUÇOS

Deixe algumas vezes por dia - sempre que puder supervisionar o sono - o bebê deitado de bruços para facilitar a eliminação dos gases. A retenção do ar na barriga provoca dores.

  • COCÔ EM DIA

O intestino preso é uma das causas das cólicas. Se seu filho estiver com muita dificuldade de evacuar, peça orientações ao pediatra.

  • SEM ENGOLIR AR

Ao amamentar, evite que o bebê engula ar. Isso provoca a formação de bolhas que, quando chegam aos intestinos, contribuem para as cólicas. Veja a seguir três tipos de posição para impedir que o bebê engula ar durante a amamentação:

Padrão

Nessa forma de amamentação, a barriga da mãe deve estar colada à barriga do bebê. A mão dela fica encaixada no bumbum da criança e sua cabeça deitada no meio do braço da mãe. As narinas do bebê devem estar sempre livres para que este possa respirar bem enquanto mama

Invertida

A mãe encaixa o filho como se ele estivesse transversal embaixo do braço, com as pernas para trás do corpo da mãe. Com a outra mão livre, ela controla a cabecinha do bebê. Esse tipo é ideal para quando a mãe está com o mamilo machucado

Bebê sentado

Nessa posição, a criança fica sentada de frente para a mãe. Amamentando assim, os mamilos feridos também são poupados
(Aprofundaremos o assunto: Amamentação nos próximos posts!)


IMPORTANTE!

Quando o recém-nascido está mamando corretamente, ele faz barulho. Também não aparecem covinhas no canto da boca. Se isso ocorrer, ele está “chupetando”, ou seja, brincando com o mamilo como se fosse uma chupeta. Nesse caso, em vez de mamar, ele está engolindo ar. Para a mãe saber se o bebê está sugando perfeitamente, ela deve observar se ele mexe todo o maxilar e os lóbulos das orelhas.

Após mamar, o bebê deve arrotar com o corpo bem esticadinho. Em seguida, coloque-o para dormir de lado, para evitar e regurgitar.



Lembrem-se: Filhos são heranças do Senhor. Ele é quem nos dá a verdadeira sabedoria, mas temos que pedir por ela todos os dias. Aprenda desde já que você está aprendendo a ser mãe/pai, assim como o seu bebê está aprendendo a ser filho. Essa descoberta é um dom de Deus, algo precioso que Ele nos reservou. Algo sobrenatural e especial.
Depois de muito choro e cansaço Ele nos dá um refrigério, quando podemos olhar nosso bebê dormindo ou sorrindo! Aproveite cada momento, ele não volta! Mesmo na hora da cólica, ore ao Senhor pedindo paciência e tranquilidade. Cante um louvor baixinho ou simplesmente fique tocando no seu bebê em oração. Como o texto mesmo explicou a dor passa, faça desse momento algo especial (por mais desesperador que possa parecer). Vale a pena!











FONTE: Coleção Crescer. Consultoria: Mário Taralli, pediatra do Hospital Albert Einstein; Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP; Vera Lúcia Sdepanian, gastropediatra da Universidade Federal de São Paulo; Dalva Darin, enfermeira obstétrica do Hospital Albert Eisntein; e Maria Cristina Pires Nolasco, enfermeira perinatologista do Albert Eisntein.


Equipe: SOS Grávidos

Cólicas - Parte III: O Prato da mamãe






O prato da mamãe








A pergunta é inevitável. Na fase da amamentação, aparece a velha dúvida: “O que eu comer vai passar para o meu filho pelo leite materno?”.

A resposta ainda não é conclusiva.



Até hoje não existem estudos científicos comprovando que a alimentação da mamãe seja a causa isolada das cólicas.

Mesmo assim, prepare-se! Titias, vovós e mamães mais experientes terão sempre um conselho na ponta da língua: “Você não pode comer chocolate!”, é o mais comum entre muitos outros que você ouvirá daqui para frente.

Será verdade? Por incrível que pareça, em relação ao chocolate, para alguns bebês, sim, desde que ingerido em grandes quantidades. No entanto, algumas pesquisas mostram que, se a mãe consumir pequenas quantidades desses alimentos mais reagentes, não significa que o bebê terá cólicas.

Vale sempre o bom senso

Em geral, se você reage de maneira negativa a algum tipo de comida, provavelmente seu filho também reagirá. É a sensibilidade e a observação da mãe que contam nessa hora de dúvida.

O indicado é que sua alimentação seja a mais saudável possível. Evite excessos e sempre observe as reações do seu organismo e do seu filho.

O prato da mamãe deve ser rico em vitaminas, sais minerais e proteínas. Ou seja, uma dieta alimentar completa e balanceada, igual aos tempos em que estava grávida.

Conheça o que algumas pesquisas constataram que podem provocar reações nos bebês. Mas atenção: não vale como regra para todas as crianças.

Espinafre, repolho e couve-flor: causam gases no bebê por serem ricos em enxofre e podem atrapalhar o processo digestivo da criança.

Mamão: o consumo desta fruta não causa diarréia no bebê. Ao contrário, seu consumo pela mãe é bastante benéfico.

Manga, fruta-do-conde, goiaba e melancia: são frutas de digestão mais demorada, e por isso podem prejudicara digestão do bebê também.

Café: a mãe não deve ingerir mais do que 4 xícaras de café por dia. A cafeína é estimulante e pode causar maior irritabilidade no bebê. O aumento do choro pode ser confundido com as cólicas. Mas, isoladamente, essa substância não provoca dores abdominais.

Comidas gordurosas e apimentadas: esse tipo de alimento não faz bem a ninguém. Mas, se a mãe está acostumada a consumi-los, e não passa mal, talvez a criança também não seja afetada. Convém, porém, evitar para que o leite não se torne muito gorduroso.

Hambúrgeres: vale o mesmo das comidas gordurosas. O fast-food é uma mania do século 20 que não faz bem à saúde. Sempre que puder, escolha uma refeição mais equilibrada.

Chocolate: um dos mais polêmicos. Em sua composição, o chocolate apresente um estimulante chamado teobromina, derivado da família da cafeína, que por estar associado ao cacau, pode provocar cólicas. Pesquisas indicam, no entanto, que a mãe precisa consumir mais do que 500 gramas por dia para isso acontecer.

(Continua...)


FONTE: Coleção Crescer. Consultoria: Mário Taralli, pediatra do Hospital Albert Einstein; Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP; Vera Lúcia Sdepanian, gastropediatra da Universidade Federal de São Paulo; Dalva Darin, enfermeira obstétrica do Hospital Albert Eisntein; e Maria Cristina Pires Nolasco, enfermeira perinatologista do Albert Eisntein.



Cólicas - Parte II : "Mitos e Verdades"

Mitos ou Verdades?



Você não pode tomar café! Enrole o bebê num cueiro! Só o primeiro filho tem cólicas! Afinal, o que é mito e o que é verdade? Confira as mais corriqueiras nos consultórios pediátricos.



MITOS

1 )O uso da funchicórea acaba com as cólicas?

É pura coincidência. O gosto adocicado do medicamento apenas acalma o bebê e por alguns momentos “parece” que as dores foram embora.

2) Torcer a roupa do bebê dá cólica?

Essa é do tempo da vovó. Elas acreditavam que, ao torcer a roupinha, a barriga da criança sofria o mesmo impacto, o que ocasionava as cólicas. Sem fundamento.


3) Chá de erva-doce ajuda a melhorar a dor?

Fuja dele. Os bebês até param de chorar, pela mesma razão da funchicórea: o sabor doce os distrai. Mas os pediatras alertam que o chá pode prejudicar o bebê, que ainda é muito sensível. Se estiver contaminado com impurezas, há um risco de infecção. E, alem de tudo, pode diminuir o apetite do bebê para mamar o leite.

4) Dar voltas de carro ajuda a passar a cólica?

Outra técnica adotada por pais desesperados. Geralmente o balanço do carro faz o bebê dormir. Mas é só o automóvel parar e volta tudo.

5) Somente o primeiro filho tem cólica?

Pura lenda ou coincidência. Muitos pais ficam com essa impressão porque têm mais experiência no segundo filho, passando pela fase das cólicas com menos estresse e ansiedade.

6) Mudar do leite materno para o leite em pó acaba com as cólicas?

Ao contrário. Nunca, em hipótese alguma, a mãe deve abandonar a amamentação. O leite materno é a melhor opção para o bebê e o que causa menos cólicas.

7) Álcool, cafeína e cigarro provocam cólicas?

Eles fazem tão mal ao bebê quanto aos adultos, mas obrigatoriamente não pioram as cólicas. Como são excitantes, podem levar a uma irritação maior, e mais choro.

VERDADES

1 - Enrolar o bebê em um cueiro alivia as cólicas?

Esse conselho da vovó está de volta. Pesquisas recentes apontam que quando você enrola o recém-nascido em um cueiro ou uma manta, ele sente-se aconchegado, protegido. É como um retorno os útero materno.


2 - Quando o pai coloca a mão na barriga do bebê, ele acalma?


Não fique com ciúmes, mamãe! Quem diz são alguns pediatras: a mão do papai funciona porque esquenta uma região maior. Alem disso, eles não têm medo de segurar as crianças em posições menos convencionas.






3 - O recém-nascido deve fazer cocô pelo menos uma vez por dia?

Verdade. O bom funcionamento intestinal é o primeiro passo para que o bebê não sofra com cólicas. Mais seu filho pode passar alguns dias sem evacuar, e isso não significa que ele tenha qualquer problema. Na dúvida, fale com o pediatra.


4 - Massagear a barriga do bebê melhora as cólicas?

Além de ser um contato delicioso com seu filho, o toque das mãos pode diminuir as dores.

5 - Criança que mama deitada tem cólicas?

Se a posição do bebê na hora de mamar não estiver correta, ele engole as, o que provoca cólicas. O recém-nascido deve ser amamentado de maneira que a cabeça fique mais elevada que o corpo.

6 - É bom deitar o bebê de bruços no berço?

Essa posição facilita a eliminação de gases. Embora, após mamar e arrotar, é melhor que o bebê seja deitado de lado, para se evitar que, em caso de regurgitamento, ele se afogue.

Bolsas de água quente e almofadas de sementes, que você aquece no microondas, ajudam a aliviar as dores do bebês, quando em contato com a barriguinha destes. Uma fralda aquecida faz o mesmo efeito.

(Continua...)


FONTE: Coleção Crescer. Consultoria: Mário Taralli, pediatra do Hospital Albert Einstein; Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP; Vera Lúcia Sdepanian, gastropediatra da Universidade Federal de São Paulo; Dalva Darin, enfermeira obstétrica do Hospital Albert Eisntein; e Maria Cristina Pires Nolasco, enfermeira perinatologista do Albert Eisntein.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cólicas - Parte I


O PRIMEIRO TESTE

As cólicas são uma prova de fogo, uma espécie de teste, um curso intensivo para o coração de qualquer pai e de qualquer mãe. Você nem teve ainda tempo de conhecer o seu bebê e elas resolvem entrar – com toda a força – na rotina da casa. Chegam ao final da tarde, mas podem se estender noite adentro, tirando o restinho de sono picado a que se tem direito nessa fase. Fazem o seu bebê chorar, muito, alto e com desespero. Impedem-no de dormir, provocam contorções naquele ser pequenininho e indefeso. E ele fica ali, abrindo o berreiro, com a mãozinha fechada e expressão de sofrimento. E você? Pega no colo, acarinha, canta, balança. Faz um enorme esforço para manter o controle.

Nós sabemos quanto essa fase pode ser complicada. Aqui você receberá conselhos úteis e respostas às perguntas mais comuns. As cólicas tem data certa para terminarem, aos 3 meses vão embora. E isso não é conversa de pediatra!

SERÁ QUE É CÓLICA?

É fim de tarde e seu filho chora sem parar. E, como em todos os dias, no mesmo horário, você já checou a fralda, amamentou, agasalhou ou tirou o excesso de roupa. De nada adiantou. O choro continua intenso, mas de repente pára. Você respira aliviada. E quando menos espera, começa tudo de novo. Cada vez mais estridente.

Quem já passou pela situação sabe: é uma cena típica de um recém-nascido sofrendo com as famosas e temidas cólicas. Esses são os sinais mais comuns da dor abdominal que atinge 75% dos bebês nos primeiros três meses de vida, geralmente no início da tarde ou durante a noite. Sempre no mesmo horário.

Por isso tenha em mente a palavra “paciência”. Encare essa fase como um treino que vai prepará-lo para ter uma relação tranqüila com seu filho no futuro. Em meio a tudo isso, um outro alento. As cólicas não estão associadas a nenhuma doença, são um mero problema fisiológico, comum em recém-nascidos.

E se não for cólica? Em apenas 5% dos casos, os sintomas apresentados pelo recém-nascido escondem alguma doença. Quando o choro da criança é motivado por outra dor, a causa pode ser variada. A mãe deve observar as reações da criança: o choro tem hora marcada? Pára quando está no colo? Há melhora quando ela é colocada de bruços ou quando a barriguinha é aquecida? Massagem resolve? Se as respostas forem não, vale procurar o pediatra. Somente ele poderá avaliar o quadro e dar um diagnóstico correto. Veja algumas possibilidades que os médicos destacam:

· Refluxo gastroesofágico – o leite materno chega até o estômago e volta para a boca antes de completar a digestão. Essa movimentação anormal causa dor.

· Infecção do trato urinário – qualquer anormalidade nessa região provoca bastante dor.

· Hérnia – problema mais comum nos meninos.

SINAIS DE CÓLICAS

  • O bebê chora sem parar.
  • Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome.
  • A barriga fica endurecida.
  • A criança solta gases.
  • O rosto fica avermelhado.
  • As mãos ficam com os punhos fechados.
  • A expressão do rosto é de sofrimento.

“Calma! São só três meses!”

Com voz suave e uma tranqüilidade que nesse momento parece absurda, o pediatra diz: “Depois do terceiro mês, passa”. Para quem vê o filho desesperado o consolo não resolve. Ao contrário, fica-se com uma dúvida no ar: “Como eu sobrevivo até lá?”

As cólicas intestinais têm hora para começar e terminar. O problema é que o sentimento dos pais influencia – e muito – a vida do bebê. Se eles ficarem nervosos e inseguros, passam esses sentimentos ao bebê que, por sua vez, fica ainda mais aflito. Dependendo do comportamento dos pais as cólicas podem piorar, sim.

Os pediatras são unânimes: o comportamento da criança é um reflexo do meio em que vive. Alguns profissionais constatam em suas clínicas que a cólica é um mal que acomete, majoritariamente, os primeiros filhos. A inexperiência dos pais seria um dos motivos mais fortes para a incidência do problema.

Vozes suaves, ambiente calmo e segurança podem não livrar o bebê das temidas cólicas, mas o ajudarão a superá-las com maior tranqüilidade.

Parece pedir muito? Talvez seja mesmo. Mas ter um filho é um exercício diário de paciência. Você precisa aprender a lidar com as emoções para protegê-lo. E lembre-se: vai passar.

CINCO DICAS PARA OS PAIS ANTES DO Buááááááá!

1. Cerca de meia hora antes do início da choradeira diária, tente relaxar e tomar um banho morno.

2. Acenda uma luz bem suave e pense que essa fase é transitória e que não é só o seu filho que sofre com as cólicas.

3. Escolha uma música tranqüila para ouvir e relaxar.

4. Aos primeiros sinais do choro, tente manter a calma.

5. Passe serenidade e segurança para o seu filho com muito carinho.

Afinal que dor é essa?

Parecer, parece. Basta olhar os pezinhos, as orelhinhas, o narizinho perfeito. MS o bebê não nasce totalmente pronto. O sistema digestivo de um recém-nascido ainda é imaturo, até por falta de experiência. Quando está na barriga da mãe, ele se alimenta pelo cordão umbilical e não tem que digerir os alimentos. É como se recebesse tudo mastigadinho pela mãe.

Eis que, de repente, acaba a folga. O bebê passa a se alimentar do leite materno. E aí surgem diversos aprendizados que ele precisa adquirir com rapidez: mamar corretamente, arrotar, liberar os gases, fazer xixi e cocô.

Nem todas essas novas funções, no entanto, são executadas perfeitamente no início. A cada mamada, ocorrem movimentos descoordenados de contração e relaxamento nos intestinos, que provocam dor. O mau funcionamento da engrenagem também leva aos gases, à prisão de ventre e conseqüentemente às temidas cólicas. Junte a tudo outra imaturidade: a do sistema nervoso central – ainda com dificuldades de comandar os órgãos do corpo, até mesmo os intestinos. E tem-se um bebê em pânico. A falta de experiência é tamanha que o cérebro não consegue enviar os sinais necessários para avisar que a dor já passou. Muitas vezes, o chororô continua apenas por essa falta de comunicação.

As cólicas aparecem em geral na segunda semana após o nascimento e o ápice das crises ocorre no segundo mês. O problema surge justamente poucos dias depois que os pais acabaram de voltar da maternidade, sem o aparato de pediatras e enfermeiras do berçário. Daí, o desespero materno e paterno, e por que não?, de avós, tios e de todo o resto da família.

Cólicas: hora para começar e acabar

Esse mal-estar dura em média três meses. Tempo que o organismo do bebê leva para amadurecer o mecanismo da digestão.

Faz sentido. Aos 3 meses, o bebê completa um clico de 12 meses desde a fecundação, ou seja, 1 ano de vida, se contarmos a vida intra-uterina. Ele deixa de ser um “RN”, como são conhecidos os recém-nascidos. É por isso que no quarto mês, cérebro e intestinos já se entendem melhor e as cólicas deixam de ocorrer.

(Continua...)



FONTE: Coleção Crescer. Consultoria: Mário Taralli, pediatra do Hospital Albert Einstein; Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP; Vera Lúcia Sdepanian, gastropediatra da Universidade Federal de São Paulo; Dalva Darin, enfermeira obstétrica do Hospital Albert Eisntein; e Maria Cristina Pires Nolasco, enfermeira perinatologista do Albert Eisntein.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mecônio - Primeiro cocô do Bebê

Definição:
São as primeiras fezes de um bebê. É composto de líquido amniótico, muco, lanugo (pêlo fino que cobre o corpo do bebê), bile e células que se soltaram da pele e do trato intestinal. O mecônio é espesso, esverdeado, escuro e pegajoso.

Durante a gestação, o feto fica imerso no líquido amniótico dentro do útero da mãe. Esse líquido o protege enquanto cresce e se desenvolve. O feto engole líquido amniótico que contém todos os outros componentes mencionados acima. Todos esses componentes, com exceção do líquido amniótico, são filtrados e expelidos pelo mecônio existente, esterilizando dessa forma o líquido amniótico que o feto expele depois através da urina. Esse processo de circulação do líquido amniótico ocorre aproximadamente a cada três horas.

Em alguns casos, o mecônio é expelido pelo feto ainda dentro do útero. Isso acontece quando o feto sofre algum estresse, geralmente causado por um período de diminuição em seu suprimento de oxigênio. Uma vez que o mecônio passa para o líquido amniótico, é possível que seja inspirado pelo feto e chegue aos pulmões. Essa condição se denomina aspiração de mecônio e pode causar uma inflamação dos pulmões do bebê após o parto.

Essa inflamação pode provocar um certo sofrimento respiratório. Se for detectado mecônio no líquido amniótico ao romper a bolsa d'água da mãe, devem ser tomadas medidas de precaução especiais para retirar o líquido que se encontra no estômago e nos pulmões do bebê.

FONTE: http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/002262.htm#


DICAS DE LIMPEZA:

  • Limpar com água morna e algodão
  • Sempre de cima para baixo (como se fosse na direção do umbigo para o bumbum)
  • Nas meninas é necessário abrir os grandes lábios e delicadamente limpar a parte interna.
  • Nos meninos é necessário levantar o saco escrotal e delicadamente limpar embaixo.
  • O mecônio pode ter uma aparência bastante desagradável, mas não tem cheiro.
  • Com muita calma, delicadeza e amor, seu bebê ficará limpinho.

Equipe SOS Grávidos